Há imenso tempo que cá não vinha. Saudades minhas? Não se acanhem, mas guardem os abraços que sou pouco dada a eles.
Umas das coisas que mais nos preocupa na maternidade, será talvez a falta de tempo. Os pais trabalham a tempo inteiro, chegam a casa e há todo um rol de tarefas domésticas que carecem atenção. Normalmente, os putos são encostados às boxes, com um "agora não posso" ou "neste momento não. mais tarde" Só que "mais tarde" já eles vão para o banho a correr porque já está na hora de dormir.
Não sou perfeita, muitas vezes mando o puto ver o Panda ou entreter-se sozinho (também faz falta), mas tenho feito um esforço por enganar o tempo. Não me sento com ele a fazer legos, enquanto espero que a cozinha se arrume sozinha. Em vez disso, porque não fazer uma tarefa que ele ache graça? Regar o jardim, por exemplo. Tratar dos cães, outro exemplo. Lavar o chão, varrer, aspirar... Aquilo que por norma eles acham graça. Coisas que só faríamos depois de adormecerem, mas que ao fazermos juntos acabamos por "ter mais tempo" com eles. Claro, que isto traz aquele "pequeno" contra de demorarmos mais tempo nas tarefas em que escolhermos incluí-los, mas não se pode ter tudo, não é verdade?
Não fará sentido para muita gente, aceito isso, mas creio que também estamos numa época em que os miúdos têm tudo e não querem nada. Compensamos a falta de tempo com mais brinquedos, mais tecnologia, mais youtubes e Xanas Toc Toc, quando na realidade não é mais difícil incutir-lhes alguma tarefa, por simples que seja. Colocar ou retirar a loiça da máquina (com as devidas precauções, obviamente), chegar ou retirar as molas da roupa consoante se apanha ou estende, "limpar" o pó. Tarefas simples, que possam fazer em conjunto. Porque não?
Pela parte que toca, lá por casa cabe ao Caracolinho: ligar o aspirador todas as manhãs, guardar os talheres (sem facas, essas guardo eu) e os tupperwares da máquina de lavar loiça, retirar as molas da roupa e colocar a dele, no seu quarto, em cima da cama, guardar/ir buscar o seu calçado e arrumar os seus próprios brinquedos. Nem sempre lhe "apetece", mas regra geral acha graça a ajudar e, por muito pequenas que pareçam as tarefas, acabam por sobrar mais uns minutos para uma história, para umas cocegas ou para uma torre de legos. Já para não falar que é de pequenino que se começa a perceber que há coisas que têm mesmo que ser feitas. :P
E por aí? Enganam o tempo de que forma? Concordam que os miúdos devem ajudar em tarefas simples? Ou nem por isso? Digam tudo, não guerdem nada!
O parto é, sem dúvida, aquilo que as mulheres mais temem. Sobretudo, quando é o primeiro filho. Temem o desconhecido, essencialmente, mas também temem a dor.
Pessoalmente, sempre apregoei a altos ventos que nunca iria querer epidural. Porque mimimi e a dor não seria como partir uma perna e mimimi sou resistente à dor e mimimi era algo porque queria passar e vários outros mimimis.
Isto manteve-se até ser a única pessoa a levantar a mãozinha na formação de epidural promovida pelo Hospital de Gaia. Disse-me a senhora anestesista, fitando-me longamente: "Estou a memorizar o seu rosto. Caso seja eu a estar de plantão no seu parto, já sei que posso ir tomar um cafezinho." Ri-me com ela, claro, e saí de lá convencida que de facto não vale o sofrimento e que mais valia levar com a agulhona no lombo.
Mas, avancemos que vocês têm mais o que fazer.
Lembro-me perfeitamente de ter acordado na madrugada de 3 de dezembro, com uma pontada aguda nas costas. Não que fosse incomodativa, ou lancinante, foi mesmo só o suficiente para me acordar, virar para o outro lado e voltar a adormecer.
Nessa manhã tinha consulta de termo, o CTG não acusou grandes contrações e ainda tive que enfardar um docinho para obrigar o puto a mexer-se. No gabinete, as mãos engenhosas de senhora doutora detetaram 3/4 dedos de dilatação, deu um jeitinho (palavras da própria) desejou-me bom almoço e despediu-se com um "até logo".
Almocei sossegadita, na companhia de senhora minha tia, umas pataniscas absolutamente divinais. Contrações: 0.
Por volta do meio da tarde, comecei efetivamente a ficar incomodada, com a dormência que sentia. E dormência é mesmo o termo, não eram dores agudas, era só uma moinha que ia e vinha. Liguei ao homem, que a coisa já dava para contar os minutos de intervalo (15) e combinamos ir ao hospital quando chegasse. Dei um jeito à casa, estendi e apanhei roupa, fiz o jantar. Ainda insisti para o homem jantar, mas ele insistiu em irmos diretos para o hospital.
Entrei nas urgências às 19:45, pelo meu próprio pé, sem dores de maior a não ser uma pontada nas costas. Estava muito bem de pé, a caminhar então nem se fala, mas mesmo bem era agachada. Senhora enfermeira da triagem disse serem contrações posteriores, daí a dor nas costas, e que portanto seria um parto mais demorado.
Resignei-me à minha sina e fui recambiada para o CTG, que me custou horrores por ter que estar sentada, que acusou trabalho de parto.
No gabinete, com uma médica e um estagiário, calhou-me ser o jovem aspirante a obstetra a fazer o "toque".
Revela ele:
- Tem nove centímetros de dilatação, há só aqui blá blá blá.
Oi? Nove?! Como assim nove?! Este gajo não está a ver isto bem! Alguém que chame o seu supervisor para lhe ensinar a ver isto direito.
- Desculpe, eu não quero parecer arrogante, mas não quer chamar alguém com mais experiência? Eu não posso ter nove de dilatação, não tenho dores para isso.
Nesse preciso momento, entra em cna a médica que acompanhava, com ar de quem tinha efetivamente mais experiência, fazendo-me a vontade e revendo a dilatação.
- É um facto, tem nove centimentros de dilatção. Mas não lhe doi, é?
- Não é não doer, é só ser suportável. Claro que nesta posição sinto mais, mas a caminhar estou muito bem.
Gargalhadas por parte dos sôdotores, chamadas para o bloco de partos que ia subir uma utente quase em fase de expulsão e pedido de cadeira de rodas.
- Não é para mim, pois não?
- É pois, não vai a caminhar para cima.
- Vou pois.Se já caminhei até aqui, caminho mais um bocadinho.
- E se lhe rebentam as águas?
- Dou uma corridinha num instante.
Ainda insistiram naquilo mais um bocadinho, mas eu bati na mesma tecla e venci pela escassez de tempo.
Já no bloco, a coisa foi muito mais rápida: ainda eu estava a pôr um pé dentro e já me perguntavam porque ainda estava vestida.
E a epidural, perguntam vocês?
Pois que a pedi. Não que, como já referi, sentisse demasiada dor, mas pelo receio de que a coisa piorasse, eu me desconcentrasse da respiração e tivesse meia dúzia de piripaques nervosos. Não daria jeito nenhum naquela hora. Consegui aguentar quieta o tempo necessário à colocação do cateter - não perguntem como, surtiu grande admiração por parte dos médicos assistentes.
Posso afiançar que não surtiu grande efeito: senti com bastante realismo o golpe da tesoura.
De modos que foi um parto relâmpago e com pouquíssima dor. Pela parte que me toca, digo-vos: não custa mesmo nada. Já fiz coisas mais dolorosas, como burpees, por exemplo.
A visão é o sentido mais importante que temos. É com ele que damos forma aos objetos, distinguimos as cores, reconhecemos os rostos de quem mais gostamos. É o sentido mais importante para o desenvolvimento das crianças, já que 80% daquilo que aprendem é através da visão.
Como vêem as crianças? Como podemos descobrir possíveis ametropias? Como contribuir para melhorar a qualidade visual das crianças? O meu filho precisa de óculos. E agora?
Não desesperem, estamos cá para vos ajudar. Nasce hoje este pequeno espaço que pretende dar-vos umas dicas sobre esta temática.
Na próxima semana descobriremos como vêem as crianças e quando devem fazer a primeira consulta "a sério".
Cá está ele, o tema que tanto arrancar de cabelos desencadeia nas mães. Esteve ali uma porrada de tempo nos rascunhos, mas lá decidi que veria a luz do dia.
Não sou, nem pretendo ser, conselheira de amamentação, mas tal como eu com certeza muitas terão as mesmas dúvidas, os mesmos receios, ouvirão as mesmas opiniões daqui e dali sem saber a qual dar ouvidos. Pois bem, o que fiz aqui é uma compilação das minhas dúvidas, daquilo que aprendi e porque fez sentido para mim seguir alguns conselhos.
Volto a frisar: fez sentido para mim. Ninguém é igual, o que me faz sentido pode ser totalmente descabido para outra pessoa.
Avancemos que se faz tarde.
A amamentação deve ser livre de horário
Após algum receio inicial, por ser mãe de primeira viagem e coisa e tal, mais o medo que o leite não chegasse para o puto, dei de caras com esta afirmação. Acenei que sim, que faz sentido. O miúdo estava habituadinho à boa vida, a não ter que mexer uma palha para se alimentar, ainda mal sabia que tinha nascido e já lhe tentava impor um relógio? Nah, esqueci as horas, se chorava e me parecia fomeca, toca a alimentar o fedelho, mesmo que ainda faltassem 60 minutos para a próxima refeição.
Além do livre horário, deve ser na quantidade e durante o tempo que o bebé quiser
Mais uma afirmação que me fez todo o sentido, quer pelo já enumerei anteriormente - o estar habituado a uma vidinha santa - quer pelo facto de saber que o leite se altera durante a mamada. Surpreendidos? É verdade, o leite não é sempre igual: numa primeira fase é mais líquido, mais aquoso para saciar a sede. Só depois dá lugar a um leite mais espesso e rico em nutrientes que irão engordar - assim se espera - a cria. Se alguma vez tirarem leite com a bomba, vão ver isso mesmo: o primeiro leite jorra com muito mais facilidade, já o segundo às vezes é uma valente seca. Se deixarem o recipiente a repousar um par de horas, verão que há uma separação de líquidos, o mais líquido em cima, o mais espesso em baixo.
Para além disso, ninguém gosta que lhe diga "só tens 10 minutos para te alimentar. Despacha-te.", pois não?
O corpo regula a quantidade e qualidade de leite que o bebé precisa
Se há máquina perfeita neste mundo é o corpo humano. O da mulher então é qualquer coisa de extraordinário. Há medida que o bebé vai mamando, o organismo vai percebendo, ajustando e regulando a quantidade de leite produzida. Não é fantástico? E faz sentido, porque a necessidade de um recém nascido não será igual à de um bebe com dois meses.
Não há leites fracos
Aqui está aquilo que nos divide a a mente, nos provoca as maiores dúvidas e nos faz correr à farmácia mais próxima em busca de suplemento para o esfomeado. A verdade é que não há leites fracos. O leite inicial - aquele que jorra mais facilmente - é o primeiro a sair, levando muitas mães a acreditar que a textura aguada é sinónimo de fraqueza nutricional. Nada mais errado. Quando essa primeira "fornada" termina, começa o leite mais espesso. É importante reter que o leite vai mudando, mesmo durante a própria mamada. Portanto, não se preocupem tanto com o aspecto, mas antes com a aparência da vossa cria. Parece-vos saciada? Então é porque está. O que verdadeiramente conta são os gramas, os valores de peso, é esse o verdadeiro indicador de que a amamentação está a resultar.
Acima de tudo: não se preocupem tanto. Os primeiros meses são muito exigentes, há toda ou uma rotina - ou ausência dela - a aprender. É tudo novo, para eles e para vocês. Deixem que o vosso instinto vos guie, deixem que as coisas aconteçam naturalmente. O bebé sossega na mama, nem sempre porque tem fome, pode ser cólicas, pode ser o conforto... Não se preocupem com as manhas e vícios. Um recém nascido nas os tem, nem os adquire tão cedo.
Acima de tudo, mantenham isto na vossa mente: não é o leite que vos define enquanto mãe. Não é por pegarem num biberão de suplemento que são menos mães. Façam o que for melhor para vocês e não só para o bebé. Em nada é benéfico para o vosso filho ser amamentado por uma mãe com uma numa pilha de nervos ou a chorar com dores. Se se fartarem, esqueçam e passem para outra. Sem grandes dramas, nem culpas. Não é por isso que vão ter que ir com ele ao psicólogo aos seis anos.
Claro que para mim é fácil falar: tive uma amamentação muito fácil que prolonguei até aos 13 meses do Caracolinho, altura em que comecei o desmame. Mas sempre pensei assim. Nem faz sentido ser outra forma, como iríamos aproveitar este pedacinho tão curto da existência deles, entre lágrimas, frustrações e dor? Não faz sentido. Desfrutem ao máximo, com mama ou com biberão. É um tempo que não volta, não faz sentido desperdiça-lo com dramas.
Olá a todos sou a Catarina do blog 4reizinhos e devo dizer que fiquei muito surpreendida com este convite. Surpreendida e confusa. Porque raio me convidaram para uma entrevista sobre mães imperfeitas quando eu sou o cumulo da perfeição. Não concordam? Passem então lá pelo meu cantinho para perceberem a mãe mais que maravilhosa que eu sou. É verdade que sou um pouco distraída, mas até a data ainda não perdi nenhum dos meus pequenos e olhem que com quatro é difícil manter conta de todos. Até à data apenas tivemos incidentes menores. Já deixei o Guilherme fechado fora de casa. Já me esqueci de apertar o cinto da cadeirinha ao Leonardo. Já deixei cair um tacho em cima da cabeça de um dos gémeos... ah...ah...afinal escolheram a pessoa certa.
Olá Catarina! Que introdução tão perfeita para uma entrevista deste genéro. :) Conta-nos cá, que qeuremos saber tudo: o que tens aprendido nisto da maternidade?
A maternidade é uma aprendizagem constante. Todos os dias surge algo novo que nos ensina algo ou nos faz perceber que outras opções também se aplicam. No meu caso aprendi muito com o mais velho mas aprendi ainda mais com o segundo. Tudo porque percebi que o facto de terem personalidades tão distintas faz com que a minha postura para com eles tenha que ser diferente. Depois vieram os gémeos, numa altura em que pensava que já sabia tudo o que havia a saber no tema da maternidade e percebi que afinal não sabia nada. Continuo a aprender e vou continuar a aprender até ao fim da minha vida.
Como gostarias que os teus filhos te recordassem?
Não preciso que os meus filhos me recordem a mim como pessoa. O que eu gostaria que eles recordassem sempre é o amor que tive por eles. Gostaria que eles percebessem que todas as decisões que tomei, mesmo aquelas que acham injustas, foram todas tomadas com amor. Espero que um dia possam olhar para trás e dizer que sabem o que é o amor, o que é ser amados, o que é amar alguém.
Com 4 miúdos em casa, as birras devem ser uma constante. Ou nem por isso? Como reages quando elas surgem?
Sei que vão pensar que é mentira mas não temos assim muitas birras. Desde cedo perceberam que quando dizemos não é não e uma birra que não vai mudar nada. Por norma até funcionamos mais ao contrário. Primeiro dizemos não e quando eles mostram que merecem até acabamos por voltar atrás. Claro que há casos e casos. Existem birras porque estão doentes, birras de sono, birras porque querem chamar a atenção. Como pais temos que perceber qual é o motivo da birra e definir uma estratégia para a sua resolução. Por vezes a solução é a coisa mais simples.
Por norma quando lhes surge uma birra deixo-os chorar, espernear, rebolar. Deixo-os fazer de tudo até se acalmarem. Depois pergunto-lhes que acham que agiram correctamente e mando-os para o quarto pensar no assunto. Para mim é importante que eles percebam o que os levou a fazer a birra para assim não tornarem a fazer o mesmo.
Queres destacar alguma gira?
No últimos tempos o Leonardo andava a portar-se mal na piscina quando ia com o pai à segunda-feira. Certo dia perguntou-me se eu ia com ele e quando lhe disse que não respondeu-me que era injusto. Tudo porque eu vou dois dias à piscina com o Guilherme e apenas um com ele. Percebemos então que as birras se deviam ao facto de querer mais tempo comigo. Passei a ir com ele e nunca mais tivemos problemas.
Se tivesses que destacar um momento, enquanto mão, qual escolherias?
Existem tanto, mas tantos… No entanto se pensar bem acho que há um que se destaca um pouco dos outros. Os gémeos nasceram de 33 semanas e tiveram que ficar internados na neonatologia. Custa horrores seres mãe mas não teres os teus filhos ao pé de ti. Não puderes pegar neles, não os puder levar para casa. Custa dormir à noite sabendo que os teus filhos não estão contigo. Passa a noite a pensar se estará tudo bem, se vais receber um telefonema a avisar o pior.
Imagino que o tempo voe em vossa casa. Como o geres? Ou tentas, vá...
Cá em casa o tempo tem que ser muito bem gerido. Entre actividades, trabalhos, banhos e jantar não sobra muito tempo. Por sorte tenho um marido fantástico, que para além de ser um bom companheiro é também um pai extremoso. Juntos conseguimos dividir as tarefas, sempre ouvi dizer que é preciso dividir para conquistar, é assim que funcionamos. Por exemplo, eu deixo o Guilherme na bola, levo o Leonardo à piscina e aproveito para fazer aula de ginástica no mesmo horário. O marido fica em casa com o gémeos e trata do jantar. Se vai ele às actividades ficou eu em casa e trato dos pequenos. O marido limpa a casa eu trato das roupas e das refeições. No fundo somos uma equipa e remamos ambos para o mesmo lado. Se não fosse assim não seria possível conciliar tudo.
Que dificuldades encontras por teres uma família numerosa? O que há a mudar, na sociedade, nesse sentido?
Se começasse a enumerar todas dificuldades ficava aqui o dia todo por isso vou só deixar as mais básicas. Sentimos dificuldade porque temos um pais envelhecido com uma baixa natalidade. O governo fala em apoios à natalidade mas a verdade é que as ajudas são mínimas. As famílias numerosas são até desfavorecidas em muitos sectores. Um exemplo é o numero de dias de assistência à família a que temos direito. Uma mãe com um filho tem direito a 30 dias de baixa para assistência ao filho.No meu caso tenho direito a 33 dias, 30 dias pelo primeiro filho mais um dia por um dos outros. Basta um dos rapazes ficar doente para a doença se alojar em casa e percorrer todo o agregado familiar o que resulta que os 33 dias vão imediatamente à vida e o que fazemos da próxima vez que estiverem doentes?
Outra dificuldade que enfrentamos é a discriminação da sociedade. Vivemos numa época de um filho, dois no máximo e quem opta por ter mais do que isso é olhado como lunático. Aparentemente,ninguém no seu perfeito juízo,deve ter mais do que dois filhos. Já perdi a conta às vezes em que me perguntaram se foi um acidente, se não tenho televisão em casa, se já ganhei juizo e vou parar por aqui.
Espero que seja apenas uma fase e que as pessoas aprendam a respeitar as opções de vida das outras pessoas mesmo que não concordem com elas.
Alguma vez te arrependeste de uma decisão/opção?
Nunca me arrependo. Continuo a dizer que se tivesse capacidade financeira tinha mais uns quantos filhos.
Que conselho darias a futuros pais?
Ter filhos é a melhor profissão do mundo mas ao mesmo tempo é a mais exigente. Trabalhamos 24 horas por dia durante 365 dias por anos. Preparem-se para amar alguém com um amor que nunca pensaram que pudesse existir. Mas ao mesmo tempo preparem-se para ver os anos fugirem diante dos vosso olhos. Tenham filhos porque querem e não porque é suposto terem. Lembrem-se que depois de serem pais de alguém vão continuar a se-lo até ao fim da vossa vida.
Para terminar, peço-te que definas a maternidade numa só palavra e expliques o porquê.
Esta é difícil. Acho que a melhor palavra que define a maternidade é amor. Um amor extraordinário que sentimos pelos nossos pequenos. É o orgulho imenso quando vemos o primeiro sorriso. O êxtase com os primeiros passos. O sorriso quando ouvimos a primeira palavra. Porque cada feito e conquista faz crescer o amor que sentimos por eles.
Agradeço à Caracol por se ter lembrado de mim e pelas magnificas questões que me colocou.
Obrigada nós, Catarina, por este fantástico bocadinho. :)
Header original da Mula com ilustrações de Inslee Haynes e Emily Donald