Ser mãe nem sempre é uma escolha, nem sempre é fácil!
Ser mãe é uma sucessão de escolhas difíceis.
Somos muitas vezes julgadas, apontadas e criticadas pelas decisões que tomamos para nós e para os nossos filhos.
Seja a nossa decisão de amamentar, seja a epidural ou o facto de escolher uma cesariana há sempre alguém pronto para nos apontar o dedo, para dizer que não deves fazer isto ou aquilo.
Tudo isso aliado ao facto de estarmos mais sensíveis e cheias de dúvidas muitas vezes fazem com que tenhamos dúvidas se somos mesmo capazes, se vamos ser bem sucedidas.
Não, nem sempre vamos ser bem sucedidas e nem sempre vamos tomar as melhores decisões.
Mas aquilo que temos mesmo que ouvir é a nossa voz interior e seguir o nosso instinto.
O mundo e as suas opiniões valem o que valem e nem sempre estão corretos.
Se tu mesma, e acredita em ti, nas tuas capacidades e no teu poder como mãe mas sobretudo como MULHER.
Olá, hoje volto com a rubrica dedicada aos papás na qual eles partilham a sua opinião sobre a paternidade.
O meu convidado de hoje é alguém que conheci aqui na blogoesfera e que já tive o enorme prazer de conhecer pessoalmente. Aqui fica o testemunho dele:
Olá
Quero antes de mais agradecer este excepcional convite. Eu sou o Mário e o meu filho é o G, que está neste momento com 25 meses (nasceu a 13 de Dezembro como eu). Vamos então às perguntinhas?
1. O que é para ti a paternidade?
Comecemos pelo dia em que soube que ia ser Pai. Nesse dia, senti uma felicidade enorme e indescritível, ao mesmo tempo que senti que o chão me estava a fugir de debaixo dos pés. É toda uma situação nova, de constante surpresa e aprendizagem, de sustos e coração na mão, de alegrias e batalhas travadas com doenças, falta de tempo e trabalho, de gastos extraordinários e de reacções que pensámos nunca vir a ter.
2. Como te caracterizas como pai?
Eu sou o polícia mau, o que impõe mais regras e que o vai deixar à escola e o deixa a chorar nas mãos da educadora. O pai que dá a comida de manhã e ao jantar e que não se deita com ele para o ajudar a adormecer, preferindo ficar sentado no cadeirão ao lado da cama. Mas também sou o pai que pede abraços, que faz mais cócegas e que deixa o G. ficar mais tempo no banho a brincar.
3. Enquanto pai qual o maior desafio até hoje?
O primeiro dia no colégio. E o primeiro dia de vida dele. Um porque temos que ser fortes e deixá-lo a chorar pela primeira vez enquanto voltamos costas e vamos trabalhar. O outro porque a partir dali já não há volta a dar. Existe um ser neste mundo que depende de mim e só quando o peguei pela primeira vez caiu a ficha.
4. Quais as lições mais importantes que retiraste da paternidade?
Saber relevar é uma virtude. Mas saber impor a nossa vontade por muito que nos custe também.
5. Quais os teus maiores receios?
Os óbvios... doenças e problemas físicos graves. Mas também que ele não seja bom aluno e que não tenha bom coração.
6. Qual consideras a tua maior qualidade e o teu maior defeito enquanto pai?
O meu maior defeito é a falta de paciência. A minha maior qualidade é a imensa paciência que eu tenho. Eu sei, é estranho...
7. No dia em que a tua esposa te disse "Estou grávida" - como recordas esse dia e como te foi dada a notícia?
Segunda-feira, dia 4 de Maio de 2014. 6:45 da manhã. A minha mulher traz o teste e dá-me os parabéns. O melhor soco no estômago de todos os tempos.
8. Como descreves o dia do nascimento do teu filho?
Foi o dia dos meus anos. Não poderia haver melhor prenda.
9. Daqui a muitos anos, como pensas que o teu filho se lembrasse de ti?
Gostava que me lembrasse com amor e um sorriso nos lábios.
10. Ser pai é... Cliché... A melhor sensação do mundo!
Quero desde já agradecer ao Mário pelo seu testemunho e desejar a ele, ao G e à mamã toda a felicidade do Mundo.
Lançámos o desafio à Ana Vale do blog Mulher, filha & Mãe para que ela nos desse mais algumas luzes das diferenças entre Baby Blues e Depressão Pós Parto.
Para que o texto seja mais leve e fácil de assimilar decidi repatrtir em duas pertes distintas:
Baby Blues - dia 20-12
Depressão Pós Parto - dia 27-12
Espero que gostem e que seja útil.
(Imagem retirada da Internet)
Como tenho vindo a falar consecutivamente, existe um momento após o parto que pode vir a ser muito stressante, não só para a mãe, como para o pai, casal, e toda a família e amigos presentes.
A verdade é que ter um filho constitui-se, por si só, uma fase de transição para a mãe e restante família, uma vez que no geral todos acabam por ter de desenvolver e integrar um novo papel nas suas vidas: o de mãe, o de pai, o de avó, o de avô, o de tia, etc.
Não interessa o quanto se desejou este momento ou o quanto se ama esse filho. Tê-lo, pode também fazer chegar um momento menos esperado por todos, mais complexo e complicado de se lidar como o Baby blues, ou num pior cenário, a Depressão pós-parto.
Baby Blues Já falámos muito sobre este tema e iremos continuar a falar muito mais!
Acabam de ter o vosso filho e de acordo com o que é transmitido no geral, verbal e não verbalmente, é suposto que a celebração da chegada deste novo membro da família com os nossos amigos e família, seja uma máxima predominantemente, feliz.
Mas ao contrário de grandes festejos, muitas vezes só apetece chorar e isolar-se dos que a rodeiam (por exemplo). Muitos casais estão preparados para a alegria e celebração relativa ao nascimento de um filho, e não para a exaustão, ansiedade e choro que poderá também, caracterizar este período.
E embora muitos casais possam não estar preparados, estas repentinas e frequentes mudanças de humor são comuns (especialmente) nas mães que o foram muito recentemente. O Baby blues, que muitos também denominam por blues pós-parto, ou por melancolia/tristeza pós-parto não tem ainda uma tradução consensual. Tratase de uma condição benigna que se inicia nos primeiros dias após o parto, com duração de alguns dias a poucas semanas. É de leve intensidade e não requer, normalmente, o uso de medicação. De acordo com o descrito na literatura inicia-se cerca de 2 a 5 dias após o parto, tendo muitas vezes aqui o seu pico, podendo durar até 10 dias e/ou duas semanas, no máximo.
Uma das leitoras do blogue ao partilhar a sua história refere exatamente quando começou a sentir que algo não estava bem consigo. A Dora refere que ainda em internamento não aguentou a angústia que sentia e desatou a chorar, aparentemente sem motivo. Num pedaço da história que me escreveu referiu que “No terceiro e último dia de internamento não aguentei mais, tive uma senhora crise de choro, chorei desesperadamente sem saber porquê”.
Algo que acontece com muita frequência. O Blues pós-parto é uma fase descrita por muitos clínicos como de ‘perfeitamente natural’, uma vez que se revela expectável face ao momento de reajuste parental e familiar característico do momento. Contudo, se os sintomas não desaparecem após algumas semanas ou se se intensificam, poderá estar a desenvolver-se, num pior cenário, uma depressão pós-parto.
Estima-se que cerca de 20% das mulheres com Blues pós-parto, venha a desenvolver uma depressão pós-parto. Ou seja, só por aqui conseguimos compreender o quão importante é estarmos alerta para este estado, mesmo sendo considerado como de “expectável”, não se constituindo uma perturbação com necessidade de tratamento médico.
A grande maioria das mães numa fase recente da maternidade experimenta pelo menos alguns sintomas decorrentes deste, nomeadamente, crises de choro e/ou grande euforia repentinas, sensação de angústia, dificuldade em dormir (mesmo quando há possibilidade para o fazer), irritabilidade frequente, alterações do apetite, necessidade de isolamento social e problemas de concentração. Para terem uma noção, entre as mulheres que acabam de ser mães, aproximadamente 60% experiencia esta condição após o parto de acordo com dados lançados pela Direcção-Geral da saúde.
Com apoio familiar e profissional adequado, a mãe (que tem maior probabilidade de desenvolver este tipo de afeção do que o pai, embora existam atualmente alguns pais que também a desenvolvam), poderá voltar com confiança ao seu papel maternal. Aqui, o apoio e compreensão por parte do companheiro que está próximo da recém-mãe é fundamental!
Algo que é visivelmente asseverado pela Ana, uma leitora do blogue que decidiu partilhar connosco um pedaço da sua história e que relata que “tinha vergonha de dizer a alguém que não estava a aguentar, afinal, tínhamos tudo para estar felizes, uma bebé saudável que dormia e comia bem, condições sociais e económicas fora de serie. Não tinha coragem de falar sequer nisso, com pessoas que eu sabia terem passado bem pior que eu. Quando falei, comecei por minimizar os sintomas, mais uma vez por vergonha e por medo de me rotularem má mãe. Já estava no ponto de rotura e ainda assim não queria expor a verdadeira dimensão da depressão. Com tratamento, que ainda continua, melhorei e estou no bom caminho. Fui eu que em última instância desvalorizei a minha depressão. Aqui o papel do pai, dos avós, do círculo mais chegado foi muito importante para me tirar da espiral descendente. Estarmos todos bem informados e preparados, porque acontece (e não é raro), é essencial.”
Contudo, e caso se identifiquem com esta realidade que descrevo, convém estarem atentos ao tempo que este período predomina nas vossas vidas. Isto, pois se demorar mais do que 2-4 semanas, e/ou se os sintomas acima descritos forem intensificando/piorando, então convém procurar apoio especializado pois poderão estar perante uma Depressão pós-parto. Este tipo de depressão pode interferir não só com o bem-estar maternal/parental/casal, como com a capacidade para os últimos cuidarem do bebé, sendo por isso, extremamente importante que se tenha ajuda imediata.
Olá a todas :) a partir da próxima semana vou abrir uma nova rubrica à terça-feira - intervalada com o Pai [Im]perfeito - sobre moda e acessórios para grávidas, bebés e crianças.
Vou trazer-vos também informações sobre as promoções para mamã e criança que vão estar a decorrer nessa semana.
Caso tenham alguma dúvida ou alguma coisa que queiram ver falada aqui enviem um e-mail para anamendes_10@hotmail.com
Prometo dar a máxima atenção e prioridade aos temas pedidos.
Num blogue para mães achei bastante importante que se desse alguma atenção e cuidado aos papás uma vez que também eles desempenham um papel importantíssimo no crescimento e desenvolvimento das crianças não só a nível físico como emocional.
A minha primeira entrevista foi feita ao João que tem 36 anos e é pai de uma linda princesinha de 4 anos.
O que é para ti a paternidade?
J: Para mim, é difícil responder a esta pergunta sem recorrer a uma definição da palavra, mas posso tentar explicar como me sinto como pai que é mais fácil. Ser pai foi, é e acho que irá continuar a ser a maior surpresa da minha vida. Surpresa pela positiva e por vezes pela negativa, pois nem tudo são rosas no dia a dia de pai e filhos. Essas surpresas diárias e a forma como lidamos com elas são uma fonte de aprendizagem mútua. Por isso resumindo, a paternidade é amor e aprendizagem todos os dias do resto das nossas vidas.
Como te caracterizas como pai?
J: A palavra que melhor me caracteriza como pai é "Presente"! Não presente de natal ou de aniversário, mas sim presente de estar e querer sempre estar presente em tudo o que, como pai, me seja permitido estar. Sim, porque acho que não temos de saber de tudo nem de interferir em tudo na vida dos nossos filhos, limitando assim as suas decisões e autenticidade do caráter.
Enquanto pai de uma menina de 4 anos, qual o maior desafio até hoje?
J: O maior desafio foi lidar com pequenos problemas detetados na L. à nascença, mas que com amor e dedicação minha e principalmente da mãe foram ultrapassados quer fisicamente quer psicologicamente e hoje olho para trás e não me arrependo de nada do que fizemos nessa fase.
Quais as lições mais importantes que retiras destes 4 anos com a L.?
J: A maior lição que estes 4 anos de L. me ensinaram foi que as coisas mais simples da vida são na verdade as mais importantes e as que temos de aproveitar ao máximo.
Quais os teus maiores receios enquanto pai/homem?
J: O meu maior receio enquanto pai de uma menina é que o mundo não evolua o suficiente para que a L. não sofra com a distinção que o mundo faz entre géneros, credos e raças.
Qual consideras a tua maior qualidade e o teu maior defeito enquanto pai?
J: Como qualidade o facto de gostar de estar todo o tempo que me seja possível com a minha filha.
Como defeito algum excesso de proteção, que acaba por acontecer mesmo que saiba que posso não estar a fazer o mais correto. Coisas de pai de menina!
Qual foi o momento mais difícil destes 4 anos como pai?
J: Como já tinha dito mais acima, lidar com os pequenos problemas que a L. tinha quando nasceu, mas que graças a Deus conseguiu ultrapassar.
No dia em que a tua esposa te disse "Estou grávida" - como recordas esse dia e como te foi dada a notícia?
J: Foi um dia surreal a nível profissional e quando me foi dada a notícia (por telefone) ainda estava a trabalhar. Prometi a mim mesmo, a partir de agora o trabalho desceu mais um patamar em termos de nível de importância na minha gestão de tempo diário.
O dia do nascimento da L., como foi e como descreves a experiência?
J: A palavra que encontro para definir o nascimento da minha filha, que assisti e aumentou o respeito que tenho pelas mulheres, e em particular pela minha, é "INTENSO".
Ser pai é... A única "profissão" da qual sei que nunca me vou demitir!
Obrigada João e que a tua pequena L. cresca linda e cheia de saúde.
editado por Ana Rita 🌼 às 10:57
Header original da Mula com ilustrações de Inslee Haynes e Emily Donald