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Mães mais que [im]perfeitas

Moda mamã - porque as mamãs também andam na moda

Olá mamãs, quem é que disse que ser mamã é sinónimo de não estar na moda?

Quando estamos grávidas é a única altura em que ter barriga é sinónimo de beleza por isso toca a aproveitar.

Deixo-vos aqui algumas ideias de peças bonitas, acessíveis e bastante fashion:

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 Camisola de amamentação - 19,99€ (H&M)

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 Camisola Decote em V - 14,99 (H&M)

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 Calças ganga grávida 16,09€ (Verbaudet)

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 Calças ganga cinza-claro - 22,99€ (Verbaudet)

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 Vestido pré-mamã - 19,99€ (H&M)

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 Vestido mesclado grávida - 24,99€ (H&M)

Vestido efeito ganga gravidez/amanetação - 17,99€ (Verbaudet)

Vestido grávida em camurça perfurada castanho-caro - 18,99€ (Verbaudet)

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 Leggins pré-mamã - 9,99€ (H&M)

 

 Soutien de amamentação Pack 2 - 19,99€ (H&M)

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 Vestido em malha - 29,99€ (H&M)

 

Baby blues e Depressão Pós parto - Por: Ana Vale

Lançámos o desafio à Ana Vale do blog Mulher, filha & Mãe para que ela nos desse mais algumas luzes das diferenças entre Baby Blues e Depressão Pós Parto.

Para que o texto seja mais leve e fácil de assimilar decidi repatrtir em duas pertes distintas:

 

  • Baby Blues - dia 20-12
  • Depressão Pós Parto - dia 27-12

Espero que gostem e que seja útil.

 

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 (Imagem retirada da Internet)

 Como tenho vindo a falar consecutivamente, existe um momento após o parto que pode vir a ser muito stressante, não só para a mãe, como para o pai, casal, e toda a família e amigos presentes.

A verdade é que ter um filho constitui-se, por si só, uma fase de transição para a mãe e restante família, uma vez que no geral todos acabam por ter de desenvolver e integrar um novo papel nas suas vidas: o de mãe, o de pai, o de avó, o de avô, o de tia, etc.

Não interessa o quanto se desejou este momento ou o quanto se ama esse filho. Tê-lo, pode também fazer chegar um momento menos esperado por todos, mais complexo e complicado de se lidar como o Baby blues, ou num pior cenário, a Depressão pós-parto.

 

Baby Blues Já falámos muito sobre este tema e iremos continuar a falar muito mais!

 

Acabam de ter o vosso filho e de acordo com o que é transmitido no geral, verbal e não verbalmente, é suposto que a celebração da chegada deste novo membro da família com os nossos amigos e família, seja uma máxima predominantemente, feliz.

Mas ao contrário de grandes festejos, muitas vezes só apetece chorar e isolar-se dos que a rodeiam (por exemplo). Muitos casais estão preparados para a alegria e celebração relativa ao nascimento de um filho, e não para a exaustão, ansiedade e choro que poderá também, caracterizar este período.

E embora muitos casais possam não estar preparados, estas repentinas e frequentes mudanças de humor são comuns (especialmente) nas mães que o foram muito recentemente. O Baby blues, que muitos também denominam por blues pós-parto, ou por melancolia/tristeza pós-parto não tem ainda uma tradução consensual. Tratase de uma condição benigna que se inicia nos primeiros dias após o parto, com duração de alguns dias a poucas semanas. É de leve intensidade e não requer, normalmente, o uso de medicação. De acordo com o descrito na literatura inicia-se cerca de 2 a 5 dias após o parto, tendo muitas vezes aqui o seu pico, podendo durar até 10 dias e/ou duas semanas, no máximo.

Uma das leitoras do blogue ao partilhar a sua história refere exatamente quando começou a sentir que algo não estava bem consigo. A Dora refere que ainda em internamento não aguentou a angústia que sentia e desatou a chorar, aparentemente sem motivo. Num pedaço da história que me escreveu referiu que “No terceiro e último dia de internamento não aguentei mais, tive uma senhora crise de choro, chorei desesperadamente sem saber porquê”.

Algo que acontece com muita frequência. O Blues pós-parto é uma fase descrita por muitos clínicos como de ‘perfeitamente natural’, uma vez que se revela expectável face ao momento de reajuste parental e familiar característico do momento. Contudo, se os sintomas não desaparecem após algumas semanas ou se se intensificam, poderá estar a desenvolver-se, num pior cenário, uma depressão pós-parto.

Estima-se que cerca de 20% das mulheres com Blues pós-parto, venha a desenvolver uma depressão pós-parto. Ou seja, só por aqui conseguimos compreender o quão importante é estarmos alerta para este estado, mesmo sendo considerado como de “expectável”, não se constituindo uma perturbação com necessidade de tratamento médico.

A grande maioria das mães numa fase recente da maternidade experimenta pelo menos alguns sintomas decorrentes deste, nomeadamente, crises de choro e/ou grande euforia repentinas, sensação de angústia, dificuldade em dormir (mesmo quando há possibilidade para o fazer), irritabilidade frequente, alterações do apetite, necessidade de isolamento social e problemas de concentração. Para terem uma noção, entre as mulheres que acabam de ser mães, aproximadamente 60% experiencia esta condição após o parto de acordo com dados lançados pela Direcção-Geral da saúde.

Com apoio familiar e profissional adequado, a mãe (que tem maior probabilidade de desenvolver este tipo de afeção do que o pai, embora existam atualmente alguns pais que também a desenvolvam), poderá voltar com confiança ao seu papel maternal. Aqui, o apoio e compreensão por parte do companheiro que está próximo da recém-mãe é fundamental!

Algo que é visivelmente asseverado pela Ana, uma leitora do blogue que decidiu partilhar connosco um pedaço da sua história e que relata que “tinha vergonha de dizer a alguém que não estava a aguentar, afinal, tínhamos tudo para estar felizes, uma bebé saudável que dormia e comia bem, condições sociais e económicas fora de serie. Não tinha coragem de falar sequer nisso, com pessoas que eu sabia terem passado bem pior que eu. Quando falei, comecei por minimizar os sintomas, mais uma vez por vergonha e por medo de me rotularem má mãe. Já estava no ponto de rotura e ainda assim não queria expor a verdadeira dimensão da depressão. Com tratamento, que ainda continua, melhorei e estou no bom caminho. Fui eu que em última instância desvalorizei a minha depressão. Aqui o papel do pai, dos avós, do círculo mais chegado foi muito importante para me tirar da espiral descendente. Estarmos todos bem informados e preparados, porque acontece (e não é raro), é essencial.”

Contudo, e caso se identifiquem com esta realidade que descrevo, convém estarem atentos ao tempo que este período predomina nas vossas vidas. Isto, pois se demorar mais do que 2-4 semanas, e/ou se os sintomas acima descritos forem intensificando/piorando, então convém procurar apoio especializado pois poderão estar perante uma Depressão pós-parto. Este tipo de depressão pode interferir não só com o bem-estar maternal/parental/casal, como com a capacidade para os últimos cuidarem do bebé, sendo por isso, extremamente importante que se tenha ajuda imediata.

 

Obrigada desde já à Ana 

 

Mães (Im)Perfeitas - A Cátia

Não tenho muito jeito para estas coisas das apresentações. Confesso que é sempre o que mais me custa porque fico sempre sem saber se disse pouco ou se falei demais. De qualquer forma tentarei fazer uma coisa mais ou menos composta.
Chamo-me Cátia Madeira, tenho 33 anos e sou mãe do Ricardo, de 22 meses. Uma espécie de terrorista tupperware's com menos de 1 metro e cabelo rebelde. A minha mãe diria que somos uns despenteados incuráveis. Mas a moda actual diz que apenas temos caracóis rebeldes. Partilhamos o mesmo feitio tinhoso, o cabelo descontrolado, os olhos grandes e escuros e a cara (às vezes demasiado) expressiva.
 
 
Cátia, conta-nos, além de ainda não saberes domar cabelos (piadinha fácil;) o que tens aprendido nisto da maternidade?

Ui, podia estar aqui até vir a mulher da fava rica, como diria o meu pai. Tanta coisa. Às vezes penso que tudo. Fez-me reavaliar o mundo como o conhecia, ser mais tolerante com os outros. Fez-me, ainda que à força e nem sempre, aprender a ser mais tolerante comigo. Sou uma espécie de control freak, e a maternidade, coisa que para mim ainda é recente, tem-me ensinado que para minha própria sanidade mental tenho de tentar ser mais descontraída e aceitar algumas coisas da vida como são.
Mas não é só isto. Aprendi, naquele primeiro momento em que nos vimos que é possível amar de uma forma que não tem explicação, não é racional. É algo que vem das entranhas do meu ser. Um amor que tem uma força avassaladora. Para o bem, quando tudo corre bem, e para o mal, se há algum desvio menos bom.
 
Ao olhares para o futuro, como esperas que o teu filho te recorde?
 
Como uma boa mãe....é isso...uma boa mãe. Quero que o meu filho olhe para trás e pense, é pá, aquela tola que me amava de uma forma tão intensa era/é uma boa mãe.
E se não fosse pedir muito que tenha orgulho na mãe que tem.
 
As birras são muito comuns e o talvez aquilo que os pais mais temem. Como reages quando elas surgem? 
 
Bom, eu fui muito recentemente apresentada a essa senhora que dá pelo nome de D. Birra. E digo-vos que quem inventou as birras era cá um desgraçado...
Tonteiras à parte, ando a ler o livro do Dr. Mário Cordeiro "O grande livro das birras" e se por um lado fico mesmo muito assustada quando leio algumas coisas, tranquiliza-me o facto de existirem soluções. Ou aparentemente existirem soluções.
De qualquer forma, confesso que não sou de todo grande adepta da palmada. Detesto, aliás, e sei que posso engolir cada palavra que estou a proferir.
Nunca na minha vida levantei a mão a quem quer se seja, e custa-me a ideia de dar uma palmadita a este ser que amo mais que todos os outros.
De qualquer forma, às birras que têm sorrateiramente aparecido, tenho tentado abordar com calma, compreendendo que eu sei muito mais da vida que ele e que a crescida tenho de ser eu.
Acho que muitas das birras que se vivem hoje são fruto da falta de tempo que temos para os nossos filhos. Chegamos a casa e há tantas coisas para fazer que muitas vezes o que menos fazemos é estar com eles. Depois há as birras, formas de tentar moldar o mundo à sua maneira e de chamar a atenção dos que mais querem.
Por isso, respondendo à questão de forma mais objectiva, não são comuns (pelo menos para já) e eu tento manter a calma, demonstrando que não aceito determinados comportamentos e tento redireccionar a atenção dele para alguma coisa boa. (somos muito parecidos, pelo que olho para ele e penso "como é que alguém te tiraria deste mau feitio?! e vou por aí).
 
Queres destacar alguma gira ou recente?
 
A mais recente foi ter insistido em andar a subir e descer as escadas do prédio e quando eu lhe disse que não podia ser, ele insistiu que havia de fazer o que entendesse. Quando lhe peguei para o levar para casa dobrou os joelhos e ficou ali à porta de casa a reclamar. Disse-lhe "vou arranjar ali o Ghandi e a Tulipa para irem à rua, ficas aí?", levantou-se e passou-lhe.
 
Qual o momento que mais te marcou enquanto mãe?
 
A verdade é que são todos. Mas vou tentar nomear alguns. O nascimento foi algo completamente avassalador. Depois recordo com ternura o primeiro sorriso e o dia em que soube apontar para quem é a mãe.
Hoje, marcam-me todos os dias em que chego para o ir buscar e ele me abraça, acaricia a minha cara com ambas as mãos para me dar um beijo.
Comove-me sempre. E lembra-me que é por estas coisas que a vida vale a pena.
 
Algum truque super espectacular que tenhas para gerir o tempo?
 
Bom, antes de mais eu lido muito mal com a falta de tempo. Acho que os pais deviam ter mais tempo para estar com os filhos, para os ver crescer, para os criar, para estar presentes. Enfim, para serem pais. Nesse campo tenho muita pena de não viver num pais mais desenvolvido que o nosso nessa matéria. Porque é muito bonito dar palmadinhas nas costas como incentivo à natalidade, mas depois mais condições, tá quieto.
Agora que já me queixei. Como faço a gestão do meu tempo?
Bom, desde que o Ricardo nasceu que passamos a garantir que os nossos horários são cumpridos. Entramos a horas e saímos a horas. Mesmo fazendo isso estamos sempre, pelo menos 11 horas sem o ver. O dia começa cedo e o pequeno vai para os avós. Quando chegamos ao final do dia tentamos dividir as tarefas para que, ao final do dia haja sempre um pouco de tempo para estarmos todos a brincar em família.
O fim de semana é para descansar e passear. Evitamos estar fechados em casa, apenas a chuva nos demove, o frio enfrentamos com mais casacos.
Fica sempre alguma coisa por fazer. A casa não está tão arrumada como em tempos. Mas lá está, temos de fazer escolhas e para nós, tempo de qualidade com o pequeno é essencial.
 
Que conselho darias a futuros pais? 
 
Eu não gosto muito de dar conselhos porque cada um aborda as etapas da sua vida de forma diferente. Contudo, acho que diria para terem tranquilidade, deixarem as coisas acontecer, não compararem com ninguém porque cada criança é uma criança e temos de lhes dar tempo. Nos dias de hoje as crianças e os pais são alvo de grandes pressões, se já faz isto aos 6 meses, se já diz aquilo aos 18. Calma. Abrandem. Cada um a seu ritmo.
Aproveitem o tempo que têm com ele/ela, porque não volta atrás e é o melhor que levam desta vida.
 
Alguma vez te arrependeste de uma decisão/opção? 
 
Ui. Vamos entrar por aí?! ahahaha. Sou uma pessoa dada a arrependimentos. Se eu tivesse um euro por cada vez que ele não se porta da melhor forma e eu lhe faço a vontade na mesma tinha a conta bancária bem recheada. E cheira-me que em 10 anos ficava com tanto dinheiro quando o Cristiano Ronaldo.
De qualquer forma, até hoje nada de sério. Apenas estas pequenas coisas. Estou certa que no futuro poderão acontecer outras coisas. Escolas, saídas com amigos, etc. Mas lá está, temos que aceitar a lição e tentar fazer melhor a seguir.
 
- Para terminar, peço-te que definas a maternidade numa só palavra e expliques a opção.
 
Amor.
Acho que a palavra que melhor define a maternidade é o amor incondicional que temos pelos nossos filhos. É um amor sem explicação. Não existe outro igual. É insubstituível.
Acredito que não esteja a dizer nada de novo. Talvez por isso mesmo. Porque é isso que ocorre, amor.
 
 
A Cátia é autora de um blogue supimpa e que vos deve fazer parar uns minutinhos a saborea-lo. Muito obrigada, Cátia, por este bocadinho de partilha.
 

Fashion for mammy - conforto II

Olá mamãs, esta semana venho ligeiramente atrasada mas cá estou para vos dar mais algumas dicas de acessórios para durante a gravidez e no pós-parto.

 

Meias de descanso são uma grande ajuda sobretudo para as mamãs que passam horas em pé e mesmo para as que estão sentadas pois proporciona sustentação à barriga. Também ajudam imenso no que toca ao conforto durante o dia pois aliviam as dores ligeiras sem qualquer grau de doença, como pernas pesadas e retenção de líquidos.

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Almofada de amamentação este acessório é bastante versátil e útil não só após o nascimento do bebé mas mesmo no durante e final da gravidez. No meu caso usei bastante a minha nos finalmente da gravidez como apoio de barriga durante a noite. 

Após o nascimento do bebé é útil não só durante a amamentação mas mesmo quando o bebé tem 1/2 meses para sentar o bebé. Para o meu pequeno foi uma das maneiras que encontrei de o manter e ensinar a sentar-se e ele adorava!

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 Leggigs de grávida em qualquer altura e em qualquer estação estas meninas vieram, viram e venceram. São um acessório que fornece o conforto da legging mais a faixa da barriga que ajuda a suportar o peso.Há para todos os gostos, feitios e tamanhos.

Num guarda roupa pré mamã são uma peça quase obrigatória e combinam com tudo. 

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Cinta pós parto com colchetes é essencial para quem quer voltar rapidamente à forma inicial. No meu caso tinha a cinta tubular que era bastante desconfortável e magoava-me imenso e por isso após algumas semanas apresentaram-me este modelo que é muito mais confortável e faz o mesmo efeito sem o desconforto da tubular.

Esta cinta vai-se ajuntando conforme a barriga vai voltando ao lugar e como não tem nem velcro nem a parte rígida acaba por ser mais confortável e mais discreta.

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Estas são as quatro peças que vos aconselho e que acho que são de enorme utilidade não só durante a gravidez mas após a mesma.

 

Óptica dos Pequenitos

A visão é o sentido mais importante que temos. É com ele que damos forma aos objetos, distinguimos as cores, reconhecemos os rostos de quem mais gostamos. É o sentido mais importante para o desenvolvimento das crianças, já que 80% daquilo que aprendem é através da visão.

Como vêem as crianças? Como podemos descobrir possíveis ametropias? Como contribuir para melhorar a qualidade visual das crianças? O meu filho precisa de óculos. E agora?

Não desesperem, estamos cá para vos ajudar. Nasce hoje este pequeno espaço que pretende dar-vos umas dicas sobre esta temática.

Na próxima semana descobriremos como vêem as crianças e quando devem fazer a primeira consulta "a sério".

Dúvidas? É para o mail accaracol@sapo.pt. *

 

 

(Sempre quis escrever sto:D)

Como falar com os filhos sobre sexualidade.

A semana passada, a pergunta da Mula, deu o mote. 

Se falar sobre sexualidade, de uma forma em geral pode ser complicado e facilmente se transforma num cliché de ideias preconcebidas, falar de sexualidade com os filhos pode ser - e é, muitas vezes - mais complicado do que aquilo que se imagina.

Para título de saída, recordo-me perfeitamente do dia em que uma das minhas irmãs me perguntou "por onde nasciam os bebés". Na altura, com 18 anos acabados de fazer, tomei a mim o peso da responsabilidade de lhe explicar tudinho. Afinal, ela já tinha 4 anos! Estava na altura de ser iniciada naquelas temáticas.

Com amor, carinho e alguma leveza, expliquei-lhe a história da sementinha. Depois de muito me esforçar, ela remata "não, não, os bebés não nascem por onde tu dizes... nascem pelo umbigo!"

Fiquei desconcertada! Não podia ser!! Depois de tanto tempo a esmerar-me naquela explicação científica, ela dava cabo da minha lógica. Decidi então, confrontá-la "então, os homens também têm umbigo! e não têm bebés! não pode ser pelo umbigo!". Ela pensou um pouco e fez-me um k.o. "o das senhoras está aberto e o dos senhores fechado". 

 

Esta pequena história sumaria o problema de falar sobre sexualidade com os filhos: primeiro, temos que saber qual a quantidade ideal de informação e especificidade da mesma; segundo, temos que acautelar quais as concepções que eles próprios já formaram!

A minha irmã queria apenas a confirmação de que o umbigo estaria envolvido no nascimento das crianças. Ir além disso, foi sobreinformação e claramente não surtiu qualquer efeito. Bastaria ter percebido onde é que ela queria chegar e ter conseguido sustentar o seu sistema de crenças, de forma a ir ao encontro da realidade.

 

Comecemos então, a desbravar este caminho!

 

Há uma idade óptima para falar de sexualidade?

A resposta a esta questão vai depender muito da corrente de pensamento. Eu acredito numa educação sexualizada, em que falamos abertamente de tudo o que envolve a sexualidade: emoções, relações, proximidade física, riscos, etc. Desta forma, não podemos falar de uma idade específica. 

Por exemplo, a partir dos 3 anos, as crianças devem ter uma ideia mais estável da constituição do corpo humano e como tal, falar sobre o sistema reprodutor faz parte desse tema. 

A perspectiva subjacente à educação sexualizada é naturalização dessa componente humana, de forma a que não tenham que existir idades, ou metas, a alcançar... Se o desenvolvimento pessoal e social do ser humano é contínuo, também a sua sexualidade o é.

 

Como abordar a temática?

Abordar o tema é algo complexo e está dependente da idade da criança. 

Em crianças até aos 6 anos, em que o seu estadio mental ainda tem um forte componente fantasiosa, devemos sempre acautelar quais são as expectativas da criança.

Note-se que em momento algum devemos mentir. Nada de inventar histórias da cegonha, do repolho, ou outro sítio qualquer estranho de onde possam vir os bebés!

Devemos escutar a questão e, por norma, uma boa estratégia é devolver a pergunta à criança! Quem não sabe, não pergunta, e se a pergunta surge é porque alguma coisa ela sabe. 

Depois devemos explorar a veracidade da resposta que nos é dada. Utilizando o exemplo do umbigo, poderia ter dito que efectivamente os bebés nascem através de um orifício, algo parecido a um umbigo, dando oportunidade à criança de permanecer com a sua fantasia e simultaneamente, mostrando que há outras opções à resposta que ela mesma fornece. Quando estiver preparada, ela própria irá explorar as outras respostas possíveis!

Dos 6/7 anos até à puberdade, a mente das crianças passa a ser muito concreta. Nesta fase, ajudá-los a explorar de forma sistemática o sistema reprodutor, mas também, o tipo de resposta adequada às diferentes expressões emocionais é muito adequado. 

Nesta altura, é extremamente importante compreender se a criança é capaz de descrever as suas emoções e sentimentos, as relações que estabelece com os amigos, a forma como se relaciona com eles. Serão uma boa base para as vias de comunicação sobre os amigos, para a futura adolescência que se avizinha, mas também para os ajudar a compreender melhor as suas acções e as acções dos outros. Nesta fase ainda é complicado colocarem-se no lugar do amigo, e esse papel deve ser feito com os pais.

A partir da puberdade e adolescência, o interesse pelo sexo, per se, aumenta. Nesta fase, falar sobre sexo com os filhos deverá tornar-se um pouco mais complicado.

Os pais deverão manter uma postura aberta, coadunante com a que tiveram até então. Isto quer dizer que no dia em que eles fazem 14 anos, não devemos começar a falar de sexo desenfreadamente - especialmente se nunca o fizemos anteriormente. 

Para os pais cujos canais de comunicação foram construídos anteriormente, será apenas uma evolução e aprofundamento do tema.

Para os pais que têm mais dificuldade em falar sobre o tema, poderá ser um salto sem rede de um precipício bem alto!

De maneira a contornar o desconforto, podemos sempre sugerir:

1. Utilizar os termos correctos e formais do corpo humano. A infantilização dos nomes dos genitais, por exemplo, ou a utilização de vernáculo pode ridicularizar a temática e tornar o acesso à mesma mais difícil.

2. Estar atento aos sinais que o próprio adolescente vai fornecendo. Se está mais próximo de um determinado amigo ou amiga, se tem comportamentos de maior reclusão, como fechar a porta do quarto, procurar conteúdos sexuais na internet ou simplesmente demonstrar algum tipo de interesse nesse campo.

3. Utilizar um livro, um artigo de jornal ou um filme como ponto de partida. Ajuda a quebrar as barreiras e podem sempre falar sobre o filme e os seus protagonistas sem falar directamente da vida dos adolescentes.

4. Manter uma mente aberta. Não fazer julgamentos de valor. Tentar dominar tendência para gozar, diminuir ou discriminar as questões, preocupações e vontades do adolescente.

5. Não nos cingirmos apenas aos aspectos negativos do sexo. Falar dos riscos é de suma importância, mas é talvez o mais fácil. A verdade é que a sexualidade é uma parte importante da vida do ser humano, independentemente da forma que escolhemos vivê-la, e devemos falar dos afectos, das escolhas, das relações e de tudo o que de bom o sexo nos pode trazer (prazer, intimidade, satisfação).

6. Ajudar a distinguir a realidade da fantasia. Querermos acreditar que os nossos filhos não vão explorar conteúdos sexualmente explícitos é uma fantasia da nossa parte. Mais tarde ou mais cedo a curiosidade doa próprios ou dos amigos, conduzirá a essa descoberta. Devemos ajudá-los a destrinçar entre o que é real e o que é apenas fantasia. 

7. Estimular a autoestima. Um adolescente que goste de si mesmo, que tenha uma boa valorização de si, está menos propenso a riscos. Falar de sexualidade também é isto: fomentar uma boa autoestima, a capacidade de resistir à pressão dos pares, de dizer que não ao que não quer ou não gosta.

 

Temos noção que muito mais haveria a dizer e seguramente será um tema que iremos revisitar.

Ficamos à espera das vossas questões e comentários para nós ajudarem a enriquecer a temática.

 

 

Os papás e as mamãs VS Leis Laborais

Ausência para deslocação à escola

 

Quem tem filhos na escola tem algumas vezes a necessidade de se deslocar ao estabelecimento de ensino para efeitos de reuniões ou esclarecimento de dúvidas sobre a situação escolar da criança.

Para essas situações o Código do trabalho prevê que:

O Pai/Mãe/Encarregado de Educação tem o direito de se deslocar à escola do seu filho para se inteirar da sua situação escolar. Para o efeito, tem direito a um crédito máximo de 4 horas, uma vez por trimestre, por cada filho/educando. Contudo, a lei diz que o funcionário deverá utilizar o tempo estritamente necessário.

Legislação:

 

- Artigo 249º, n.º 2, alínea f) da Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro (Código do Trabalho) - Particulares

- Artigo 134º, n.º 2, alínea f) da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho (Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas) - Função Pública

 

Artigo 249.º e 134º Tipos de falta - Particulares e Função Publica 

2 — São consideradas faltas justificadas:07

f) A motivada por deslocação a estabelecimento de ensino de responsável pela educação de menor por motivo da situação educativa deste, pelo tempo estritamente necessário, até quatro horas por trimestre, por cada um;

 

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Informação retirada aqui

Fashion for mammy - conforto em primeiro lugar

Quando se está gravida é talvez a única altura em que gordura é sinónimo de formosura. Cada corpo é um corpo e todas sabemos que se a moda e o conforto puderem andar de mão dada melhor.

Hoje foco me em três peças essenciais ao conforto da grávida e que confesso, para mim fizeram milagres.

Começo por vos falar de soutiens, esta peça é essencial há vida da gravida pois não só sustenta o peito que está sensível como nos proporciona conforto. Sim esta peça essencialmente deve estar adequada ao tamanho e proporção da mama. Porque não há nada pior que passar um dia inteiro com as meninas em agonia (muito menos durante a gravidez). Na minha encontrei uns soutiens sem aros que me salvaram a vida pois, tenho um peito pequeno e em gravida era só vê-lo crescer. Tem 2 vantagens, uma não tem aros logo não criam o mau estar dos ferros a apertar a mama e tornam se mais flexíveis logo, duram mais tempo. Também os há já adaptados para a altura da amamentação o que faz com que se consiga ter o melhor dos dois mundos, um soutien que sustenta e que não dificulta a tarefa de amamentar. Eu fiquei fã!

A segunda peça que destaco é as cuecas subidas. São super confortáveis para a altura em que a barriga já pesa e que nos tornamos intimas da casa de banho (raio dos putos que andam por aqui a apertar a bexiga de uma gaja). Eu usei bastante e existem vários modelos e várias marcas. As minhas duraram até ao pós parto e ainda as usei quando usava a cinta pois como são mais altas protegiam a minha pele do tecido mais agressivo e do velcro que magoa imenso nas primeiras utilizações.

Terceira peça que destaco a faixa de sustentação. Para quem trabalha de pé ou sentada (o meu caso) foi uma grande ajuda pois ajuda a sustentar o peso da barriga à frente e também auxilia na postura pois abarca toda a zona lombar. Para mim foi uma preciosa amiga desde os 5 meses até ao fim. Como é ajustável, cada uma pode adaptar ao crescimento da barriguita. A nível de conforto, estes foram as 3 peças que destaco e que aconselho vivamente. Para mim foram essenciais ao meu conforto e bem estar.

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A mãe que (também) tem sexo, responde

Depois da semana passada termos aberto as hostilidades com as vantagens em falarmos de sexo, especialmente com os nossos parceiros, esta semana vamos responder a uma questão (ou várias) que nos é endereçada pela nossa querida Mula.

Até que ponto é que os pais devem esconder totalmente o sexo dos filhos e parecerem assexuados aos olhos dos filhos? Sim... porque lembro-me bem que me arrepiava a ideia de que os meus pais poderiam ainda ter sexo, mas a verdade é que eu vim ao mundo... Por que será que o sexo dos pais incomoda tanto os filhos?

 

A sexualidade tem uma componente social. Nessa componente, encerram-se as regras, as crenças, as formas de avaliar socialmente o acto sexual e o peso que este tem na estrutura social. É neste campo que encontramos talvez a resposta mais satisfatória para a questão colocada.

 

A nossa sociedade ocidentalizada tem um enfoque patriarcal, em que o homem ocupa o papel central da sociedade. Apesar de as normas sociais estarem a alterar-se, ainda residem resquícios dessa mentalidade focada no homem. Por norma, as sociedades patriarcais têm uma moral sexual mais reprimida, por oposição ao que se conhece das sociedades matriarcais. 

Particularmente, na nossa sociedade, acresce a moral sexual de influência judaico-cristã, fortemente enraizada nos nossos comportamentos. Desde o momento em Deus expulsou Adão e Eva do Paraíso, por a mulher ter conduzido o homem ao pecado original, ao facto de Maria ter concebido sem pecado, rapidamente se percebe que o sexo é entendido como algo pecaminoso. 

A representação social do sexo ainda guarda muitos aspectos de avaliação negativa, ligados à natureza criminosa do comportamento humano, às tendências desviantes e às doenças que lhe estão associadas. A parte dedicada à exploração da sexualidade de forma equilibrada é ainda muito pequena, pouco difundida e relativamente homogénea no que toca às áreas em que pode ser "falada": intimidade do casal e reprodução.

Esta cultura de pecado, de erro, a par de uma santificação da paternidade, faz com que nos seja complicado encarar a natureza sexual das relações dos nossos progenitores. 

Na verdade, até a nossa sexualidade é difícil de aceitar! Muitas vezes, sentimos vergonha dos nossos impulsos, dos nossos desejos, das nossas fantasias, ao ponto de reprimirmos a resposta sexual, conduzindo a situações extremas de falta de desejo, dificuldade em atingir o orgasmo, ou até mesmo de nos envolvermos completamente na expressão da sexualidade.

Como reflexo desta cultura de pecado, os nossos pais não nos educaram para encaramos a sexualidade como algo natural. Aliás, até há 50 anos, o diálogo sobre sexualidade era inexistente nas famílias. Hoje em dia, considera-se que a educação deve ser sexualizada, tendo os pais como primeiros educadores, contudo há uma despreparação geral para o fazer livre de preconceitos e noções pecaminosas.

Portanto, parece-me que nos esperam ainda muitos anos em que os nossos filhos terão alguma dificuldade em aceitar os pais como seres sexuados. É mais simples imaginá-los assexuados, do que ter que lidar com as expressões de carinho, proximidade e intimidade que possam ter. 

 

Respondendo mais directamente, não devemos parecer assexuados aos nossos filhos. Contudo, essa noção é totalmente diferente de os expôr à nossa expressão da sexualidade. É importante que percebam que os pais têm um relacionamento completo, íntimo e que têm o seu espaço privado. O sexo deverá ser inserido nessa esfera. O mais difícil talvez seja encontrar o equilíbrio entre manter um diálogo aberto sobre o tema com os filhos, de forma a que compreendam que é um comportamento normal do ser humano, ao invés de o mascararmos com conceitos relacionados com o fruto proibido, o pecado, o erro, o sujo, etc. Será através da educação que conseguiremos naturalizar e tornar o sexo um domínio de partilha familiar. Isso trará uma imagem mais adequada dos pais enquanto seres sexuados e será também uma forma de protecção para os jovens, no que toca à adopção de comportamentos sexuais seguros e equilibrados.

 

Mas como fazê-lo?

 

Não percam a resposta na próxima semana... Como falar de sexo com os nossos filhos.

 

 

Header original da Mula com ilustrações de Inslee Haynes e Emily Donald

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